sexta-feira, 14 de novembro de 2014

14/11/2014

Hoje escrevi uma reflexão filosófica. Pensei em publicá-la aqui, mas fiz como alguns e a deixei em segredo.
Pode ser charme, ou medo, mas eu simplesmente não a quis tornar pública agora.
Assim como muitas outras, as mantenho em segredo, para que em algum dia eu as faça conhecidas.
Até parece que as pessoas ligam para o que somos de fato. Elas só querem a aparência, elas não se importam com a verdade, pois se fosse o contrário, não viveriam mentindo a si mesmos, fingindo ser o que não são.
Ser verdadeiro, mostrar o eu verdadeiro, é tão perigoso que não é aconselhado torná-lo público. Perde-se a vantagem se demonstrarmos o que somos. Eu dificilmente me mostro, mostro o meu íntimo. Não, não finjo ser o que não sou, eu apenas não conto tudo sobre minha vida às pessoas, pois eu sei! eu sei que elas também não me contam. Eu apenas me recuso a contar, e ao contrário de muitos, eu não finjo, eu apenas não conto.
Será que um dia alguém pelo menos lerá o que escrevo agora?
Chego a conclusão de que, as coisas mais belas, as melhores coisas escritas, compostas, inventadas, são as que justamente carregam um preço alto; o preço do sofrimento de quem a escreve, a compõem. Elas são parte íntima dos poucos que se mantém fortes o suficiente para compartilhar parte de sua vida com o mundo. Mundo esse que nem sequer cogita retribuir tamanha coragem, tamanho presente.
Em muitos casos, para não dizer todos, é apenas quando estamos sofrendo que conseguimos fazer isso. Compartilhar parte da dor que sentimos e da vida que vivemos. Parte de nosso mundo, de nossa alma, da nossa vida.

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